
Um recente caso policial amplamente divulgado nos meios de
comunicação voltou a chamar atenção sobre o fato de que todo
medicamento, mesmo isento de prescrição, representa um risco à saúde. Em
4 de junho, a polícia civil do Mato Grosso do Sul indiciou a médica
Caroline Franciscato por homicídio com dolo eventual. Ela é acusada de
ter prescrito dipirona à estudante Letícia Gottardi, de 19 anos, que era
alérgica ao medicamento e morreu após receber a substância
A vítima foi ao hospital reclamando de dores abdominais no dia 6 de abril e teve um primeiro atendimento no Hospital Darci João Bigaton, em Bonito (MS), ocasião em que foi informado que ela tinha alergia à dipirona e a anotação constava no prontuário da paciente. Letícia recebeu alta naquele mesmo dia, mas passou mal na madrugada do dia 7 de abril. De volta ao hospital, foi atendida pela dra. Caroline, que, mesmo tendo acesso ao prontuário feito no plantão anterior, determinou à equipe de enfermagem aplicação de dipirona. Horas depois, a médica receitou o medicamento pela segunda vez. Letícia morreu por volta das 6h daquele dia.
Segundo a dra. Amouni Mourad, assessora técnica do CRF-SP, “medicamentos como a dipirona podem dar a sensação de inofensividade, por serem isentos de prescrição, mas, como qualquer medicamento, os MIPs têm mecanismos de ação que merecem atenção. Como cada organismo tem suas particularidades, as pessoas reagem de formas distintas à ação desses medicamentos”. Segundo a especialista, as reações alérgicas a medicamentos envolvem a resposta individual entre um composto farmacológico e o sistema imunológico humano, estando relacionadas a alguns fatores determinantes como predisposição genética, sexo, doenças concomitantes e faixa etária.
A vítima foi ao hospital reclamando de dores abdominais no dia 6 de abril e teve um primeiro atendimento no Hospital Darci João Bigaton, em Bonito (MS), ocasião em que foi informado que ela tinha alergia à dipirona e a anotação constava no prontuário da paciente. Letícia recebeu alta naquele mesmo dia, mas passou mal na madrugada do dia 7 de abril. De volta ao hospital, foi atendida pela dra. Caroline, que, mesmo tendo acesso ao prontuário feito no plantão anterior, determinou à equipe de enfermagem aplicação de dipirona. Horas depois, a médica receitou o medicamento pela segunda vez. Letícia morreu por volta das 6h daquele dia.
Segundo a dra. Amouni Mourad, assessora técnica do CRF-SP, “medicamentos como a dipirona podem dar a sensação de inofensividade, por serem isentos de prescrição, mas, como qualquer medicamento, os MIPs têm mecanismos de ação que merecem atenção. Como cada organismo tem suas particularidades, as pessoas reagem de formas distintas à ação desses medicamentos”. Segundo a especialista, as reações alérgicas a medicamentos envolvem a resposta individual entre um composto farmacológico e o sistema imunológico humano, estando relacionadas a alguns fatores determinantes como predisposição genética, sexo, doenças concomitantes e faixa etária.
Diminuindo riscos
Para se evitar erros como este é necessário que o profissional de
saúde redobre os cuidados para a análise dos dados do paciente e a
assistência farmacêutica é fundamental para a diminuição desses riscos. O
farmacêutico tem importante papel por ser o profissional que está
sempre atento à farmacologia dos medicamentos e tem condições técnicas
para discutir a prescrição com o médico, orientar o paciente e até mesmo
identificar uma possível reação gerada pelo medicamento.
Para a dra. Amouni, embora o diagnostico não seja âmbito do
farmacêutico, ele está preparado tecnicamente para identificar uma
possível reação medicamentosa e proceder os encaminhamentos do paciente
aos centros de saúde, hospitais para reversão do quadro. “Um ponto
importante nesse caso é o farmacêutico obter o maior numero de
informações possível sobre os medicamentos que o paciente está
utilizando, saber seu histórico medicamentoso e, principalmente, saber
quando começaram as possíveis reações aos medicamentos”.
A assessora técnica aponta ainda que, de acordo com a literatura, os
medicamentos que mais causam alergia são analgésicos (ácido
acetilsalicílico e o paracetamol), anti-inflamatórios, antibióticos
(penicilinas, tetraciclinas, sulfonamidas) e drogas para tratamento da
epilepsia (fenitoína).
Esse conteúdo foi retirado do site:http://www.crfsp.org.br/noticias/mip-fatal.html
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