Anvisa proíbe a distribuição e comercialização de lote falsificado de medicamento contra o câncer

Anvisa proíbe a venda de lote falsificado de medicamento contra o câncer
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) publicou no Diário Oficial da União, de quarta-feira (7/03), a
proibição da venda e distribuição do medicamento MabThera® 500mg/50ml do Lote nº B6038 em todo o país.
A própria empresa fabricante e detentora do registro do medicamento, a
Roche, foi responsável por comunicar a suspeita de falsificação à
Anvisa. Segundo ela, o lote em questão traz na embalagem a data de
validade de dezembro/2012 e fabricação em junho/2010, mas o lote
original teria sido produzido em 2008 com vencimento em 2010.
O laboratório alega não saber a quantidade de frascos falsificados,
mas afirmou que a utilização de qualquer unidade do lote é arriscada
porque no mínimo está vencida.
Produtos de um mesmo lote com datas diferentes são considerados
falsificação e, por isso, a Anvisa solicitou também a apreensão e
destruição imediata dos medicamentos falsos, mas alertou que é
impossível mapear a distribuição do medicamento para saber se algum
paciente o consumiu.
Crime hediondo
Não é a primeira vez que um medicamento utilizado no tratamento do
câncer é fraudado. O principal motivo, segundo as autoridades, seria o
alto custo desses produtos, que os torna alvo de quadrilhas
especializadas. No caso do MabThera®, um único frasco de apenas 50ml pode custar mais de 8 mil reais.
Para o ex-assessor de Segurança Institucional da Anvisa, dr. Adilson
Bezerra, as falsificações estão cada vez mais parecidas com os produtos
originais. “Fizemos muitas apreensões conjuntas com a Polícia
Federal, nas quais encontramos diversos produtos com falsificação de
extrema qualidade e que dificilmente seriam percebidas pela população
usuária de medicamentos”, afirmou durante um curso sobre identificação de produtos falsificados e contrabandeados oferecido pelo CRF-SP a farmacêuticos.
A adulteração ou falsificação de medicamentos constituem crime contra
a saúde pública, e por isso, são qualificadas como crime hediondo.
Assessoria de Comunicação CRF-SP Com informações do jornal Folha de S. Paulo
Conteúdo retirado do site: http://www.crfsp.org.br/noticias/3250-medicamento-falsificado.html de 8 de março de 2012, São Paulo.
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