
FDA tem até 17 de abril para aprovar formalmente a comercialização do Qnexa
São Paulo, 24 de fevereiro de 2012.
O FDA, agência norte-americana que regula medicamentos e alimentos
nos EUA, poderá aprovar um novo fármaco para combater a obesidade, o
primeiro nos últimos 13 anos. A substância, conhecida como Qnexa, teve
parecer positivo na última quarta-feira (22 de fevereiro) após análise
do comitê consultivo do governo, formado por endocrinologistas e
especialistas em doenças metabólicas.
Na prática, o Qnexa não representa um medicamento novo, mas a
combinação de substâncias já aprovadas para uso nos EUA, no caso a
fentermina (derivada da anfetamina que inibe o centro da fome no
cérebro) e o topiramato (um anticonvulsivo indicado para epilepsia e
enxaqueca).
O topiramato também demonstrou ser capaz de diminuir a compulsão pelo
consumo de comida. Justamente por isso, estima-se que metade das
prescrições desse medicamento nos EUA seja "off-label" (fora das
indicações da bula) para o combate a casos de obesidade.
Juntos e em doses bem menores do que as receitadas em seus
tratamentos normais, as duas substâncias se mostraram poderosos
auxiliares no controle do peso (com uma redução recorde de até 15%)
agindo tanto na redução do apetite quanto no aumento da sensação de
saciedade. Assim, nada menos que 20 dos 22 especialistas consultados
pela FDA consideraram que os benefícios do Qnexa superam os riscos para
indivíduos que sofrem de outras doenças associadas ao elevado índice de
massa corporal, como diabetes e altas taxas de colesterol. Agora, a
agência americana tem até 17 de abril para aprovar formalmente a
comercialização da combinação.
Há dois anos a farmacêutica responsável pela combinação, a Vivus
Inc., já tinha tentado aprovar o Qnexa, mas, na ocasião, o medicamento
foi recusado pelo FDA devido a possíveis riscos de defeitos congênitos
em bebês de mulheres que engravidaram durante o tratamento (entre os
quais o risco de crianças com lábio leporino) e de problemas
cardiovasculares.
Após a reprovação, a Vivus Inc. pesquisou o Qnexa em mais de 2.400
pessoas obesas ou com sobrepeso, que tinham doenças associadas, como
hipertensão. O estudo indicou que os pacientes perderam cerca de 10% do
seu peso em um ano. De acordo com especialistas, emagrecedores que
conseguem reduzir mais do que 5% de peso já são considerados bastante
promissores.
A pesquisa foi conduzida pela Universidade Duke e financiada pela
Vivus Inc.. Os resultados foram publicados em abril de 2011 no periódico
médico "Lancet".
Renata Gonçalez
Assessoria de Comunicação CRF-SP (Com informações dos jornais Folha de S. Paulo e O Globo)
Conteúdo retirado do site: http://www.crfsp.org.br/noticias/3226-tratamento-da-obesidade.html
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